Íris Rezende, de Goiânia, pretende estudar o assunto antes de tomar uma decisão. Projeto foi aprovado pela Câmara, mas ainda causa polêmica entre vereadores.
O prefeito de Goiânia (GO), Íris Rezende (PMDB), ainda não decidiu se vai sancionar ou vetar a lei aprovada na quarta-feira (27) pela Câmara Municipal, que propõe um controle rigoroso sobre cães considerados "perigosos". Seis raças - pit bull, rottweiler, bull terrier, mastim napolitano, doberman e fila brasileiro – teriam de se enquadrar nas exigências, que vão desde a castração até o uso de focinheira. O prefeito disse, por meio de sua assessoria, que ainda não tem uma opinião formada e que acha prematuro falar do assunto. Ele afirmou que não pode se deixar levar pelo lado pessoal e deseja estudar melhor todas as questões relacionadas ao assunto antes de sancionar ou vetar a lei.A mesma postura é adotada pelo presidente da Câmara dos Vereadores, Deivison Costa (sem partido). "Apesar da lei ter sido aprovada na Casa, algumas partes ainda poderão ser discutidas. Quero pensar com mais profundidade no projeto", afirmou. No entanto, Costa disse que concorda com a existência de normas. "Temos que ter cautela quanto a cães ferozes, não podemos deixá-los atacar a população, mas é necessário avaliar muitas bem as medidas", disse. Já o vereador Anselmo Pereira (PSDB) afirmou que é contra a lei, por considerar que foi aprovada pelo 'clamor popular'. "Há pouco tempo tivemos um caso trágico de uma criança atacada. Esse imediatismo apenas para dar uma satisfação à sociedade não funciona. O prefeito vai vetar se olhar o aspecto jurídico da proposta", disse Pereira. Pereira acredita que não adianta proibir a existência das raças, porque elas continuariam a existir na clandestinidade. "O que deve ser exigido é a responsabilidade por parte dos criadores e dos donos, porque qualquer animal pode ser preparado para ser violento, até mesmo um vira-lata", afirmou.
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